Hoje trago aqui azulejos que, não sendo azuis, deviam chamar-se amarelejos, já que é predominantemente amarelos que são, mas não se chamam assim, chamam-se pelo mesmo nome que os demais, ou seja o nome não é distintivo, podiam ser vermelhos, brancos, ou das demais cores básicas ou misturadas sejam quais forem as composições do material de que são feitos, são sempre, azulejos.
Vivo num prédio em Campanhã, numa rua que tem o nome de uma quinta que já não existe, como muitas outras quintas da freguesia, e da cidade, a Quinta do Falcão, portanto, na Rua do Falcão, que desce pelo Monte de Campanhã, um monte que não se vê porque forrado de casas quase todas sem quintal, mas não todas. O meu prédio, moderno de há mais de 50 anos, tem dois quintais, um dos quais faz mais lembrar uma bouça, que a idade avançada das pessoas faz descuidar.
Este prédio tem, pelo menos uma de duas ou três características que o tornam único. Desde logo o facto de ser o meu lar desde sempre, o facto de ter uma janela mágica (consigo ver o nascer do sol todo os dias, mesmo nos dias cinzentos escuros), e o facto de ter azulejos que, não se encontram em qualquer lugar da cidade, amarelejos, queria eu dizer. Não são eles por isso banais ou desinteressantes. São modernos, arrojados, vistosos e até agressivos.
Há algum tempo decidi que os tinha de fotografar, para memória futura, e depois pensei … quantos azulejos, amarelejos, destes haverá na cidade? E, para além dos meus, encontrei estes… haverá mais?
Rua do Falcão 355
Outros locais na cidade
Rua da Bataria nº50
Rua da Alegria
Rua do Soajo nº30
Travessa de Maceda nº41 (perpendicular a S. Roque da Lameira)
Rua Guedes de Azevedo nº80
Rua Duque de Saldanha nº48
Rua Álvaro de Castelões nº426